segunda-feira, 27 de maio de 2013

"Pies para qué los tengo" na Unifesp


Nesta terça-feira, dia 28, às 17h30, Los FriDOS apresentam a performance Pies para qué los tengo no Laboratório de Sensibilidades da Unifesp, campus Baixada Santista. A nova criação teve início como um desdobramento de Alas Rotas – Frida Kahlo. A partir do quadro Autorretrato com cabelo corto, quadro de 1940 da pintora mexicana, a dupla iniciou o novo trabalho que teve estreia no Dia Mundial da Dança em 29 de abril e que será apresentado agora no Laboratório de Sensibilidades, onde o grupo ensaia semanalmente.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pies para qué los tengo

Ao lado, Pies para qué los tengo, nova performance de Los FriDOS. A partir de Alas Rotas - Frida Kahlo, feita a partir do quadro Autorretrato com cabelo cortado, quadro de 1940 da pintora mexicana, a dupla iniciou um novo exercício durante os ensaios realizados no Laboratório de Sensibilidades do campus da Unifesp na Baixada Santista.

O resultado é a performance apresentada em 29 de abril, Dia Internacional da Dança, em duas apresentações: uma no saguão do Teatro Municipal de Santos (vídeo abaixo) e outra na Fonte do Sapo. O Dia Internacional da Dança foi promovido em Santos pelo Canal Oito de Dança e pela Cia Etra de Dança.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Oficina e performance no Laboratório de Sensibilidades da Unifesp

O quadro original

Los FriDOS apresentam a performance Alas Rotas - Frida Kahlo nesta quinta-feira, dia 21, às 17h30, no Saguão da prédio da Unifesp-Universidade Federal de São Paulo na Rua Silva Jardim, nº 136, Vila Mathias, em Santos. A apresentação é uma atividade do Laboratório de Sensibilidades, programa do campus da Baixada Santista aberto a estudantes, professores, funcionários e convidados de fora da faculdade para formar um espaço de “inteligência coletiva”, dividindo conhecimento, sensações, experiências pessoais e o próprio trabalho da sensibilidade de cada um por meio das artes plásticas, artesanato, literatura e música.

Antes da apresentação na quinta-feira, Los FriDOS realizam na terça-feira, dia 19, no mesmo local e horário, uma oficina sobre a experiência de transpor quadros imóveis para outras formas de expressão, no caso a música e a dança, como se fosse uma tradução de uma forma de arte para outra.

A obra que deu origem à primeira “tradução” da dupla é Autorretrato com Cabelo Cortado (imagem acima), de 1940, em que Frida Kahlo pinta a si mesma sentada em uma cadeira vestida de terno, enquanto mechas de seu cabelo a rodeiam. Na parte de cima, notas musicais formam uma canção.

Invenção – Apesar do grande número de autorretratos pintados por Frida Kahlo ao longo de sua carreira, os integrantes de Los FriDOS, Jeanice Ferreira e Alessandro Atanes, buscam trazer à vida a personagem que está pintada, ao invés da mulher real, como em uma biografia. “O trabalho é tentar imaginar que movimentação faria a figura pintada. Que história está congelada ou escondida em cada quadro?”, conta Jeanice.

A tradução acrescida de movimento
Para traduzir, ou transcriar, Autorretrato com Cabelo Cortado, Los FriDOS iniciam a cena a partir de uma cadeira. Enquanto Jeanice Ferreira movimenta-se a partir das sugestões da Frida “imóvel”, o músico, caracterizado como Sua Majestade Negra, a morte, inicia temas criados a partir do blues. Nessa dança entre Frida e a morte se desenvolve a apresentação.

A escolha da morte como personagem é uma sugestão de outros quadros da autora, em que é recorrente a figura da caveira, ligada às comemorações do Dia dos Mortos no México. “Além do gosto pessoal pelo blues e por acreditar que ele casa bem com os quadros de Frida Kahlo, pensamos que fazer música mexicana tradicional, por exemplo, poderia nos levar à caricatura”, conta Atanes.

Outro elemento recorrente nos quadros de Frida Kahlo que é usado na performance é o fio vermelho. “O fio vermelho são as veias de Frida em alguns quadros, é por ele que as duas imagens no quadro ‘Duas Fridas’ são ligadas. O fio é também a linha do tempo, costurando as cenas”, conclui Jeanice.

Serviço:
Alas Rotas - Frida Kahlo
Oficina
Dia 19, terça-feira, às 17h30
Apresentação
Dia 21, quinta-feira, às 17h30

Local
Saguão da Unifesp, Rua Silva Jardim, 136, Vila Mathias Santos
Promoção
Laboratório de Sensibilidades
http://laboratoriodesensibilidades.wordpress.com/

Release do grupo
http://alasrotas-fridakahlo.blogspot.com.br/2012/12/alas-rotas-frida-kahlo_14.html

Link para vídeo
Imagens de Rosaine Braga
http://youtu.be/rNTRKEjsNaM

Imagens
Foyer do Teatro Guarany
Imagens de Márcia Costa
https://plus.google.com/u/0/photos/110335785160965822974/albums/5801381376127369649

Estação da Cidadania
Imagens de Rosaine Braga
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.2567981175068.68821.1720372189&type=3

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Alas Rotas – Frida Kahlo


Apresentação em frente à estação
Sorocabana, em 13/12.
Imagem de Rosaine Braga
Dupla Los FriDOS transforma em movimento quadros da pintora mexicana

Como adaptar uma pintura, imóvel, formada por manchas e traços de tinta sobre o espaço da tela, para outra forma de arte, e ainda mais a dança e a música, artes do tempo? Para responder essa questão a dupla Los FriDOS estreou em outubro de 2012 a performance “Alas Rotas – Frida Kahlo”, criada a partir do quadro “Autorretrato com Cabelo Cortado” (1940).

Apesar do grande número de autorretratos pintados por Frida Kahlo ao longo de sua carreira, os integrantes de Los FriDOS, Jeanice Ferreira e Alessandro Atanes, buscam trazer à vida a personagem que está pintada, ao invés da mulher real, como em uma biografia. “A Frida é mais bonita nas fotos que em seus quadros”, avalia Jeanice.

Imagem de Rosaine Braga
Para recriar, ou transcriar, “Autorretrato com Cabelo Cortado”, em que a pintora aparece sentada no centro da imagem, rodeada por mechas cortadas de seus cabelos, Los FriDOS iniciam a cena a partir de uma cadeira. Enquanto Jeanice Ferreira movimenta-se a partir das sugestões da Frida “imóvel”, Alessandro Atanes, caracterizado como Morte, inicia temas criados a partir do blues. Nessa dança entre Frida e a Morte se desenvolve a apresentação. “O trabalho é tentar imaginar que movimentação faria a figura pintada. Que história está congelada ou escondida em cada quadro?”, conta Jeanice.

A escolha da morte como personagem é uma sugestão de outros quadros da autora, em que é recorrente a figura da caveira, ligada às comemorações do Dia dos Mortos no México. “Além do gosto pessoal pelo blues e por acreditar que ele casa bem com os quadros de Frida Kahlo, pensamos que fazer música mexicana tradicional, por exemplo, poderia nos levar à caricatura”, conta Atanes.

Outro elemento recorrente nos quadros de Frida Kahlo que é usado na performance é o fio vermelho. “O fio vermelho são as veias de Frida em alguns quadros, é por ele que as duas imagens no quadro ‘Duas Fridas’ são ligadas. O fio é também a linha do tempo, costurando as cenas”.

O início
Foyer do Teatro Guarany. Imagem de Márcia Costa
A performance foi apresentada pela primeira vez em 12 de outubro no foyer do Teatro Guarany, em Santos, durante homenagem ao compositor Gilberto Mendes. Depois vieram três apresentações ao ar livre, no espaço em frente à antiga estação Sorocabana, da ferrovia São Paulo Railway, no entroncamento das avenidas Ana Costa e Francisco Glicério, um dos mais movimentados da cidade.  “O quadro da Frida está lá, é questão de ver, de descobrir o invisível ou realçar o que já está ali”, conta Jeanice, para quem o desafio dos artistas é delimitar o quadro no ambiente urbano não de forma arbitrária, mas encontrar nas ruas e nos espaços públicos os elementos simbólicos retirados dos quadros de Frida Kahlo.

Para o poeta Marcelo Ariel, que sugeriu a ideia original, “Alas Rotas é um trabalho que aproxima as poéticas da dança e do movimento de uma visão panteísta que é o centro da obra pictórica de Frida Kahlo. ‘Alas Rotas – Frida Kahlo’ não é um espetáculo biográfico e nem se baseia em aspectos históricos da vida da autora. É um poema cênico que se alimenta de ideias e do pensamento nas imagens de seus quadros”.

Ficha Técnica
Intérpretes criadores: Jeanice Ferreira e Alessandro Atanes
Filmagem: Rosaine Braga
Fotografia: Rosaine Braga e Márcia Costa